Urbi et Orbi
Finalmente decidi-me. Depois de dias e dias de hesitação e de sofrimento, lá me lancei ao trabalhei e decidi escrever o post inaugural deste blog. Mas, quando aqui cheguei, vi que já tinha sido ultrapassado. O meu impetuoso co-autor já tinha desvirginado esta pobre donzela! Mas não faz mal... Cobardemente, não postou nada da sua própria autoria e, assim, é como se não tivesse deixado vestígios nenhuns.
Mas vamos ao que interessa (ou se calhar nem tanto). Anuncio à cidade e ao mundo que hoje aqui se inicia aquilo que se espera vir a ser uma viagem curta e infrutífera. Digo isto porque é a minha secreta esperança que este blog venha a ser instrumental para a demonstração de uma tese que eu alimento no meu seio sapiencial: que a publicação das ideias próprias é, na maior parte dos casos, uma tarefa ingrata, desagradável e inútil, tanto para o autor quanto para o leitor. Se é verdade que o pilantra do meu co-autor partilha esta opinião, apresenta, no entanto uma ressalva de relevo: que há gente cujas ideias e opiniões merecem ser partilhadas com o mundo. Ora eu com isto não posso de modo nenhum concordar. Essas ideias serão boas demais para este mundo miserável, e despir em praça pública o seu alto pensamento, perante a ralé, será para o autor a maior das humilhações. Também não posso concordar com a sua outra opinião (ainda mais temerária) de que os autores desta humilde página fazem parte desse panteão magnífico que habita os Olimpos da Inteligência e que, por isso, é nosso dever partilhar as brilhantes emanações da nossa mente com as multidões ávidas de esclarecimento. Venho pois aqui publicar este blog com o intuito de provar a minha absoluta imbecilidade, documentar a esterilidade do meu cérebro. Mais do que isso, mostrar ao presunçoso co-autor e aos nossos estimados leitores a verdade destas 3 teses: não temos nada a dizer; mesmo que tivéssemos, não teria importância nenhuma; mesmo que tivesse, os hipotéticos leitores não mereciam sabe-lo.
É isto que pretendo alcançar. Cheira-me que a minha tarefa será fácil...
3 outras Irrelevâncias:
Pois... realmente, acho que não terás dificuldade nenhuma, se o teu primeiro post é sinal disso... mas continua aí - terás pelo menos um indivíduo a tentar acompanhar a prova da tua tese...
Bom bom, I like, I like como diria o outro.
Vejo algum [curto!?] futuro para este espaço esclarecedor mas este mesmo o dirá... [ou não]
Agora terás dois indivíduos a acompanhar essa árdua tarefa de provares a tua imbecilidade e esterilidade do cérebro, embora me cheire que vá testemunhar [mais] o teu padecimento face à "preguiçite" aguda.
H.
Como é? Venho cá ontem, venho cá hoje e não vejo conteúdo novo? Mas AFINAL?!?!?! Estás a desleixar-te, phaedrus... afinal a tarefa era árdua ou não.
Enviar um comentário