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sábado, 13 de outubro de 2007

Grandes Envenenados da História - Tiberius Claudius Caesar Augustus Germanicus

Faz hoje precisamente 1953 anos que este senhor,

o quarto imperador romano, teve o azar de comer os cogumelos envenenados que esta senhora,

Iulia Augusta Agrippina, sua digníssima esposa, teve a gentileza de lhe dar.

O resultado de tamanha dedicação uxorial é sobejamente conhecido: o maravilhoso principado de Nero Claudius Caesar Augustus Germanicus, mais conhecido entre nós simplesmente como Nero,


de cujas fantásticas benesses a dita imperatriz tanto gozou.

A equipa editorial d'O Irrelevante homenageia aqui Cláudio, esse imperador tão injustiçado pela História, e que esteve na origem de feitos tão importantes como conquistar a Britânia e remediar as asneiras feitas durante o louco principado deste senhor,

Gaius Iulius Caesar Augustus Germanicus, a.k.a. Caligula (em português Botinha).

Por estes motivos e por ter inspirado uma das melhores séries de TV de todos os tempos, o imperador Cláudio merece figurar no excelso panteão dos grandes envenenados da História.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Grandes Aniversariantes da História: Luís XIV, o Rei-Sol


Hoje faz anos o Rei-Sol e "O Irrelevante" junta-se às multidões incontáveis de humildes vassalos e de fiéis admiradores que festejam este tão faustoso dia. Sursum corda! Foi neste mesmo dia, em 1638, que Sol, finalmente, encontrou o seu rival. E, desde então, vive invejoso deste grande homem que, com os seus feitos magníficos e com a grandiosidade da sua forma de viver, conseguiu iluminar a Terra com tanto ou mais fulgor.

Nascido ao fim de 23 anos de casamento estéril, o seu simples aparecimento foi considerado um milagre! E tanto mais milagroso tendo em conta que o seu paizinho, o grande Luís XIII, de saudosíssima memória, preferia o viril convívio com jovens másculos e gentis à delicada companhia da sua augusta esposa.

Cedo subiu ao trono e tão cedo começou a espantar o mundo com indícios do alto afecto que a Fortuna, essa deusa de imprevisíveis caprichos, havia sempre de lhe nutrir. Luís não foi poderoso, foi poderosíssimo; Luís não foi rico, foi riquíssimo; Luís não foi vitorioso, foi vitoriosíssimo; Luís não foi feliz, foi felícissimo! Sucediam-se as amantes belíssimas, sucediam-se as construções esplendorosíssimas, sucediam-se as guerras gloriosíssmas. Ele venceu os Holandeses, os Ingleses, os próprios Franceses, os Alemães, os Austríacos e (por duas vezes) os Espanhóis! Das 6 guerras em que entrou, venceu 5 e empatou 1 - o que não deixa de ser, apesar de tudo, uma taxa de sucesso bastante apresentável... E até mesmo no empate foi magnífico! Toda a sua vida não foi senão uma longa sucessão de superlativos.

Claro que tudo isto, no fim, de nada lhe serviu. E 77 anos depois, o Rei-Sol conheceu o seu monárquico ocaso - do mesmo modo que o mais humilde dos mendigos. Sic transit gloria mundi. Mas morreu convicto de que a sua vida teve um sentido: "Je m'en vais", disse ao morrer, "mais l'État demeurera toujours".

Por nos ter ensinado o que é viver à grande e à francesa, por ter deixado uma obra imperecível e por fazer anos no mesmo dia que eu, Luís XIV, rei de França e de Navarra, merece figurar no panteão dos grandes aniversariantes da História.