sábado, 25 de agosto de 2007

1944 - 2007


Hoje estou de luto, não foram assim tão poucas as vezes que comprei o Público só para ler a crónica dele. Morreu hoje de manhã Eduardo Prado Coelho.
Fará muita falta ao panorama intelectual e literário Português e, certamente, o Público nunca mais será o mesmo.
Um intelectual 'à antiga', como já se fazem poucos, um militante de sempre da Esquerda e, mais recentemente, do PS onde fariam falta muitos como ele para não termos mais desilusões.

1 outras Irrelevâncias:

LEÃO DA ESTRELA disse...

Quando se diz que o Sporting é um clube das elites, isso também tem muito a ver com o facto de ter adeptos e simpatizantes intelectuais como EPC, sem pejo de assumir que gostam de futebol e que têm um clube. EPC não tinha preconceitos pseudo-intelectuais. Era capaz de escrever sobre o “nosso” Sporting e, mesmo assim, ser lido por quem detesta futebol. Porque quando escrevia sobre futebol abordava o fenómeno como uma pessoa normal, com coração, cabeça e estômago. Também por isso, sendo um homem assumidamente de esquerda, chegando, às vezes, a escrever como se de um “spin doctor” do PS se tratasse, era lido e respeitado em todos os quadrantes políticos. Desde a fundação do jornal “Público”, em 1990, EPC escrevia diariamente sobre as grandezas e as misérias da cultura, da política e da sociedade portuguesas, a partir dos episódios do quotidiano. Tinha amigos de estimação. E inimigos também. Como qualquer ser humano marcante e perene.